quinta-feira, 31 de maio de 2012

Utilidade Pública:

Entenda o caso Cachoeira:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1075181-entenda-o-caso-cachoeira-que-sera-alvo-de-cpi-no-congresso.shtml

Video Explicativo: Conceito de Cidadania


Videozinho curto, com 9 minutos, onde cientistas políticos debatem acerca da tão falada "cidadania" e a contextualizam historicamente. Esta é a primeira parte. A segunda, a quem interessar, pode ser encotrada no youtube. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

História da Cidadania

Afinal, o que é ser cidadão?

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos.

Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.

A aceleração do tempo histórico nos últimos séculos e a conseqüente rapidez das mudanças faz com que aquilo que num momento podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte seja algo corriqueiro, “natural” (de fato, não é nada natural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não tenha, hoje, direito ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muito pouco tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia etc. Ainda há países em que os candidatos a presidente devem pertencer a determinada religião (Carlos Menem se converteu ao catolicismo para poder governar a Argentina), outros em que nem filho de imigrante tem direito a voto e por aí afora. A idéia de que o poder público deve garantir um mínimo de renda a todos os cidadãos e o acesso a bens coletivos como saúde, educação e previdência deixa ainda muita gente arrepiada, pois se confunde facilmente o simples assistencialismo com dever do Estado.

Não se pode, portanto, imaginar uma seqüência única, determinista e necessária para a evolução da cidadania em todos os países (a grande nação alemã não instituiu o trabalho escravo, a partir de segregação racial do Estado, em pleno século XX, na Europa?). Isso não nos permite, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para sua ampliação, ao longo da história.

A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Declaração dos Direitos Humanos, dos Estados Unidos da América do Norte, e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos, e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias. Nesse sentido pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.

Sonhar com cidadania plena em uma sociedade pobre, em que o acesso aos bens e serviços é restrito, seria utópico. Contudo, os avanços da cidadania, se têm a ver com a riqueza do país e a própria divisão de riquezas, dependem também da luta e das reivindicações, da ação concreta dos indivíduos. Ao clarificar essas questões, este livro quer participar da discussão sobre políticas públicas e privadas que podem afetar cada um de nós, na qualidade de cidadãos engajados. Afinal, a vida pode ser melhorada com medidas muito simples e baratas, ao alcance até de pequenas prefeituras, como proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir de certo horário, controle de ruídos, funcionamento de escolas como centros comunitários no final de semana, opções de lazer em bairros da periferia, estímulo às manifestações culturais das diferentes comunidades, e muitas outras. Sem que isso implique abrir mão de uma sociedade mais justa, igualitária, com menos diferenças sociais, é evidente.

                                                                                                                                           JAIME PINSKY

Cidadania na Grécia

Em Atenas, a sociedade era composta pelos privilegiados EUPÁTRIDAS, pelos GEORGÓIS, THETAS e ESCRAVOS.
Clístenes, foi o responsável pelo desenvolvimento da Democracia Direta, na qual os cidadãos votavam pessoalmente e escolhiam os destinos da pólis.
Contudo, ser cidadão era para poucos. Mulheres, escravos e estrangeiros estavam fora desse sistema.
Solón, também teve papel importante na ampliação dos direitos, pois, pôs fim à escravidão por dívidas, impedindo que cidadãos perdessem essa condição e se transformassem em escravos.

Cidadania Em Roma

A sociedade romana estava dividida em:
- Patrícios
- Plebeus
- Clientes
- Escravos

Roma teve três fases:
- Monarquia
- República
- Império
Aqui, nos interessa, principalmente, a segunda fase: A República.
(O termo República, significa RES-coisa, PÚBLICUS-do povo)

No período republicano, a principal instituição é o Senado. Este era formado, principalmente, pelos Patrícios.
O senado era composto por algumas funções como:
CONSULES - Lideravam e presidiam as reuniões do senado.
PRETORES - Lidavam com as questões jurídicas
QUESTORES - Lidavam com as questões financeiras
CENSORES - Realizavam os Censos para saber quantos homens estavam disponíveis para a guerra
EDÍS - Como Roma conquistou muitas cidades, os edis eram prefeitos, cuidavam da ordem das cidades.

todos esses cargos objetivavam a rotatividade e a descentralização política. Os mandatos eram de um ou dois anos, geralmente sem reeleição. E os cargos eram ocupados pelos Patrícios até que a Plebe decidiu se mobilizar e lutar por seus direitos.

DIREITOS ADQUIRIDOS PELA PLEBE:

* Lei da Canuléia - Permitia o casamento entre patrícios e plebeus, desde que os plebeus fossem enriquecidos.
* Tribuno da Plebe - A plebe conseguiu acesso ao Senado. Mas o tribuno geralmente era cooptado e corrompido pelos patrícios
*  Lei das 12 Tábuas - Foi a concretização das leis orais da tradição romana.




quinta-feira, 24 de maio de 2012

Para quem quer Saber +

EXERCÍCIOS DE PSS-1
(Sobre as duas primeiras aulas: Introdução aos Estudos Históricos e Correntes Historiográficas)


Exercícios:

1 (ufpb.2001) - A periodização é parte fundamental do saber histórico. Nesse sentido, afirma-se:
I. O marco histórico pode ser definido como qualquer acontecimento cuja importância social o transforma em referência na explicação histórica.
II. A consagrada divisão temporal de História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea reflete o eurocentrismo da idéia de História Universal linear.
III. A periodização é um recurso metodológico do saber histórico que serve para orientar a compreensão de acontecimentos e processos vividos, como forma de evitar o anacronismo, ou seja, evitar atribuir a uma época o que a ela não pertence.
Considerando as afirmações, está(ão) correta(s):
a) somente I.       c) somente II e III.      e) todas.
b) somente I e II. d) somente III.

2 (ufpb.2001) - Entre os historiadores, existe o consenso de que o saber histórico é construído a partir de fontes. Portanto, é INCORRETO afirmar que as fontes históricas são
a) signos, sinais e vestígios do passado dos homens que são recolhidos, agrupados e criticados para fundamentar o conhecimento produzido pelos historiadores.
b) utensílios, ferramentas e artefatos produzidos pelos homens, que chegaram até o presente, servindo de testemunho de práticas humanas já vividas.
c) diversos tipos de referência do passado, dentre os quais se incluem escritos, manuscritos, imagens, patrimônio arquitetônico e cultural – de tipo material ou simbólico.
d) documentos escritos, aos quais é possível aplicar a crítica pelos métodos científicos do saber histórico. As demais fontes são meramente ficcionais.
e) todas as referências de atividades humanas, pois compõem o patrimônio cultural de todo e qualquer grupo humano, servindo de indicadores do seu passado.

3. A abrangência e abertura das fontes históricas se deu principalmente a partir da(o):

a) Marxismo
b) Nova História
c) Positivismo
d) Crônicas
e) História Teológica Cristã

4. Sistematizada no século XIX por Augusto Comte, a filosofia positivista influenciou a metodologia dos historiadores. Dentre as principais idéias positivistas assimiladas pela historiografia, pode-se destacar o (a)
a) subjetividade científica. d) neutralidade científica.
b) materialismo dialético.  e) evolucionismo biológico.
c) relativismo absoluto.

5. Cada afirmativa abaixo caracteriza uma concepção de História, portanto, representa uma corrente historiográfica diferente.
I. A História é a ciência do passado, e o papel do historiador é o de mostrar esse passado como realmente aconteceu.
II. A História é o conhecimento dos homens no transcurso do tempo, e o historiador responde às questões do presente, fazendo e refazendo suas perguntas ao passado.
III. A História da humanidade é a história da luta de classes, e o papel do historiador é o de conhecê-la para transformar a sociedade.

As concepções descritas correspondem, respectivamente, às seguintes correntes historiográficas:
a) Positivismo, Nova História e Materialismo Histórico.
b) Materialismo Histórico, Positivismo e Nova História.
c) Nova História, Materialismo Histórico e Positivismo.
d) Positivismo, Materialismo Histórico e Nova História.
e) Nova História, Positivismo e Materialismo Histórico.

6. Sistematizada no início do século XX, pelas escolas inglesas e francesas, a Nova História vêm contribuindo sobremaneira na metodologia dos historiadores. Dentre as principais idéias desta corrente historiográfica podemos destacar:
a) A aceitação, por parte do historiador, do mito como explicação do passado.
b) A explicação teológica dos eventos históricos.
c) A busca pela neutralidade do historiador
d) A concepção da luta de classes como força motriz da história
e) O historiador não consegue ser imparcial, pois o questionamento do passado é feito a partir de interesses do presente.

7. Diante das Correntes historiográficas da antiguidade podemos citar O Mito e as Crônicas, quais as diferenças entre elas?
a) O Mito se preocupa com o passado enquanto os cronistas focalizavam o seu tempo presente.
b) O Mito se preocupa com a verdade histórica enquanto as crônicas não.
c) O Mito possui uma explicação pautada em grandes histórias enquanto as crônicas enfatizam acontecimentos comuns.
d) O Mito e as crônicas narram histórias inverídicas, porém as crônicas se preocupam com os eventos mais antigos da experiência humana.
e) Nenhuma das alternativas acima.

8. Leia o texto abaixo:
[...] o primeiro pressuposto de toda a existência humana e, portanto, de toda a História, é que os homens devem estar em condições de viver para poder ‘fazer história’. Mas, para viver, é preciso antes de tudo comer, beber, ter habitação, vestir-se e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, portanto, a produção dos meios que permitam a satisfação destas necessidades, a produção da própria vida material, e de fato este é um ato histórico, uma condição fundamental de toda história, que ainda hoje, como há milhares de anos, deve ser cumprido todos os dias e todas as horas, simplesmente para manter os homens vivos.”
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p. 39.
As análises históricas de Marx (1818-1883), pensador alemão, exerceram e ainda exercem grande influência nas ciências humanas e sociais, entre elas, a História.
Sobre a concepção marxista de História, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):
( ) A concepção da luta de classes como motor da História foi atribuída indevidamente ao marxismo, para o qual as transformações históricas decorrem apenas das ações dos indivíduos.
( ) O marxismo defende, teoricamente, uma postura neutra do historiador diante da sociedade e do conhecimento produzido sobre a mesma e, assim, nega validade prática a sua própria concepção.
( ) As sociedades, para Marx, não podem ser compreendidas sem um estudo pormenorizado de sua base econômica, e esse entendimento significa a análise da sua organização material para a produção da sobrevivência humana.
( ) Os marxistas são ardorosos defensores do fim da história, pois essa tese representa a culminância do desenvolvimento humano, com a glorificação da sociedade de mercado e da democracia liberal.
( ) A História, para Marx, é feita por todos, principalmente os trabalhadores, e essa concepção rompia com a idéia, bastante comum no século XIX, de uma História feita apenas pelos “grandes homens”.
A seqüência correta é:
a) VVFVV c) FVVFV e) FFFVF
b) VFFVF  d) FFVFV

QUEBREM A CABEÇA PRIMEIRO. QUEM QUISER O GABARITO ME PROCURE NA TERÇA-FEIRA.

AQUELE ABRAÇO HISTÓRICO


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Documentário Inglês Sobre o Poder da TV Globo


Documentário da BBC de Londres, de 1993, sobre a influência da Globo sobre o Brasil. Na época, o presindente da Globo Roberto Marinho conseguiu uma ordem judicial que proibia a divulgação do vídeo. Hoje, em tempos de internet ele veio à tona.
Importante: o vídeo mostra em detalhes a manipulação do debate Lula X Collor em 1989, entre outras irregularidades.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

PSS 2013 - RUMO A UNIVERSIDADE


aula1.
Introdução aos Estudos Históricos

1. Conceito de história
      A história objetiva resgatar os aspectos culturais de determinado povo ou sociedade para o entendimento do processo de desenvolvimento dos mesmos.
      A ciência que estuda o passado, com o objetivo de fazer-nos entender o nosso tempo presente.

2. Fontes históricas
      É tudo aquilo que dá subsídio ao historiador. É, portanto, qualquer rastro, pista ou vestígio do passado. Sem fontes não há história.
      Exemplo: Documentos, escritos ou manuscritos; Relatos orais; Fósseis; imagens; ícones; pinturas; ferramentas; utensílios; roupas; patrimônio arquitetônico e cultural, entre outras.

3. Patrimônio Histórico e Cultural
      Patrimônio Histórico refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental, científico, social, espiritual ou ecológico.
      O Patrimônio Cultural pode ser:
                        * Material
                        * Imaterial

4. Periodizações Históricas
      As antigas civilizações analisavam o tempo a partir da concepção cíclica baseada no eterno retorno.
      A HISTÓRIA LINEAR:
            - aqui no Brasil, nós utilizamos os eventos importantes da história européia, por isso, nossa periodização é Eurocêntrica.



5. Correntes Historiográficas

* Mito
- Não há referência a uma realidade concreta, é uma junção da realidade natural e a vontade dos deuses;

          * As Crônicas
- A preocupação era o registro de ações do presente, não havia preocupação com o passado, passa a ser concreta

          * História Teológica Cristã Medieval
- A Bíblia deve ser seguida à risca e ao pé da letra, Não há preocupação com a critica documental

          * Cientificismo Renascentista
- História centrada no homem, com o abandono da fé medieval substituída por uma explicação racional;

        * Positivismo
- O historiador não pode se envolver emocionalmente com seu estudo, busca-se uma “neutralidade científica”;
- O documento escrito é a única fonte histórica confiável para o resgate do passado;

* Marxismo/ Materialismo Histórico
- O que move o homem, e conseqüentemente a história é a necessidade material de sobrevivência, não usa a própria vontade;
- Luta de classes

* Nova História
- Não apenas o documento escrito se apresenta como fonte, qualquer vestígio pode servir de ajuda para resgatar o passado;