quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Bizurada de Sábado 22/09


1º ano

1. De acordo com Artigo 216 da Constituição Brasileira, o patrimônio cultural é composto pelos bens de natureza material e imaterial que fazem referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos da sociedade nacional.
Com base nessa concepção de patrimônio, é correto afirmar:
a) Os bens culturais de natureza material são a culinária, as festas e as danças.
b) Os bens culturais de natureza imaterial são os palácios, as igrejas e os casarões.
c) O patrimônio cultural é uma das formas de preservação da memória social.
d) O patrimônio cultural limita-se aos bens e modos de vida das elites sociais.
e) Os bens culturais de uma sociedade negam a existência de identidades coletivas

2. A polêmica distribuição pelo Governo Federal do chamado kit antihomofobia, o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal da união estável homoafetiva e a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 122, que criminaliza atos homofóbicos, reacenderam a discussão, no Brasil, sobre o direito à orientação sexual das pessoas.
Considerando os principais conceitos inerentes a essa discussão, identifique as afirmativas corretas:
I. Homofobia é a atitude de rejeição a homossexuais e de recusa à homosexualidade.
II. Homoafetividade é a relação sentimental e amorosa entre pessoas do mesmo sexo.
III. Discriminação ou perseguição a homossexuais caracteriza prática de intolerância e de negação das diferenças.
IV. A criminalização da homofobia objetiva impedir atos de violência contra homossexuais.
V. A união estável homoafetiva impede aos homossexuais a comunhão parcial de bens.

3. “O passado é [...] uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana”.
HOBSBAWM, Eric. Sobre a História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. In: MOTA, Myriam Beco e BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao Terceiro Milênio. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2002, p. 14. De acordo com o texto, é correto afirmar:
a) A consciência do passado impede a reflexão sobre o futuro como um tempo em aberto.
b) O modo de vida de uma coletividade independe do passado como dimensão temporal e cultural.
c) A importância dada ao passado interfere nas relações da sociedade com o tempo presente.
d) O sentido atribuído socialmente ao passado inviabiliza a modernização de costumes e tradições.
e) A continuidade do passado no presente impossibilita a compreensão da contemporaneidade.

4. A Guerra dos Farrapos e a Revolta de Princesa ocorreram em regiões distintas e sob regimes
políticos também diferentes: o Império e a República Velha. Todavia, ambos os movimentos
foram motivados, entre outros fatores, por descontentamento em relação à cobrança de
impostos pelo Governo.
Ao analisar esses acontecimentos, conclui-se:
a) As camadas dominantes uniram-se às camadas médias e pobres contra o pagamento dos impostos.
b) A cobrança de impostos, em qualquer região, sempre levava à quebra da ordem, independente da forma de governo.
c) As províncias ou estados pobres, considerados de terceira grandeza, eram os únicos rebelados contra o aumento de impostos.
d) O aumento de impostos significava a quebra do equilíbrio entre cidadão e Estado, expressa nesses movimentos de contestação.
e) As mudanças na forma de governo eram pretexto sempre utilizado para o aumento de impostos pelo Estado.

5. O fenômeno conhecido como stalinismo marca um desdobramento da Revolução Russa, esta um dos maiores acontecimentos do século XX.
A ação do governo soviético, no período de Josef Stalin, tem características marcantes comuns aos governos ditatoriais brasileiros, tais como:
a) Autodeterminação da sociedade, liberdade de imprensa e apoio à diversidade religiosa.
b) Fortalecimento do Estado, incentivo à diversidade ideológica e liberdade de comércio.
c) Planejamento econômico, controle ideológico e fortalecimento da burocracia estatal.
d) Liberdade de culto, pluripartidarismo e legalidade para todos os movimentos oposicionistas.
e) Redução da ação estatal, garantia às liberdades individuais e política de coexistência pacífica.

6. Atualmente, na maior parte do mundo ocidental, é assegurado a todo(a) cidadão(ã) o direito de livre escolha dos seus representantes nos poderes Legislativo e Executivo, bem como o direito de candidatar-se a esses cargos, independentemente de sua origem social, política e ideológica. Esse(a) cidadão(ã) pode, igualmente, expressar suas ideias e opiniões, reunir-se, organizar-se em associações, partidos e sindicatos.
Mas nem sempre foi assim. Direitos civis, políticos e sociais resultaram de um longo processo de mobilizações e lutas sociais, inspiradas na Revolução Francesa, concretizando uma cidadania mais ampla. No Brasil, a cidadania foi promovida e ampliada, muitas vezes, através de mudanças constitucionais e leis específicas.
Nesse sentido, três mudanças e/ou leis, consideradas como expressões de reconhecimento e ampliação de direitos, foram:
a) Lei Áurea (1888); voto das mulheres (1934); Ato Institucional n° 5 (1968).
b) Lei de Terras (1850); Lei Áurea (1888); voto dos analfabetos (1988).
c) Lei Áurea (1888); Ato Institucional n° 5 (1968); voto dos analfabetos (1988).
d) Lei Áurea (1888); voto das mulheres (1934); voto dos analfabetos (1988).
e) Lei de Terras (1850); Lei Áurea (1888); Ato Institucional n° 5 (1968).

7. Os seres humanos, em sua passagem pelo mundo, deixam, voluntária ou involuntariamente, vestígios de sua presença. Ao conjunto dessas marcas culturais e patrimoniais os historiadores denominam de fontes históricas.
Assim como as concepções de história, as fontes são inúmeras e variáveis. Com base no enunciado, é correto afirmar que as fontes
a) arqueológicas (pinturas rupestres, estruturas arquitetônicas, restos de cerâmica etc.) são fontes exclusivas para a compreensão das sociedades pré-históricas.
b) orais são importantes, entre outras razões, para o registro das histórias de vida das pessoas comuns, com difícil acesso à produção de suas próprias memórias.
c) visuais (pinturas, esculturas, fotografias, filmes etc.) não têm a mesma importância das fontes escritas clássicas no trabalho do historiador.
d) históricas clássicas (manuscritas e impressas) perderam importância na escrita da história, devido ao aparecimento de novas fontes privilegiadas pela sociedade informacional, a exemplo da internet.
e) históricas impressas jornalísticas, por suas características opinativas, não têm a mesma importância dos documentos oficiais produzidos pelo Estado no trabalho de reconstrução do passado histórico.

2º ano

1. O tráfico de pessoas, a partir do século XVI, provocou alterações significativas na estrutura social, nos territórios, na política e na demografia de vários reinos africanos.
De acordo com o processo descrito, é correto afirmar:
a) O tráfico europeu de pessoas preferiu a exportação de mulheres, abastecendo o trabalho escravo em suas colônias.
b) A racionalidade do tráfico de pessoas impediu a morte e a fuga de escravos durante a captura e o transporte.
c) Os lucros obtidos com o tráfico de pessoas permitiram o alto desenvolvimento das economias de vários reinos africanos.
d) O tráfico de pessoas alterou o perfil populacional africano, tornando-o majoritariamente feminino em várias regiões.
e) A economia escravista promoveu a estabilidade política dos reinos africanos instalados no litoral atlântico.

2. Cuba, após mais de meio século de sua revolução socialista, inicia a segunda década do século XXI vivenciando um processo de reformulação em sua política econômica.
Nesse contexto, dentre os motivos que contribuem para esse novo momento da história cubana, destacam-se:
a) A abertura econômica e a revisão de conceitos pelo Partido Comunista, após a ascensão de Raul Castro.
b) O enfraquecimento dos movimentos sociais e o fortalecimento do Partido Comunista Cubano.
c) A entrada em massa de migrantes americanos, europeus e asiáticos e a introdução de novos costumes e valores.
d) O crescimento do emprego público e o aumento do poder aquisitivo dos operários do setor industrial.
e) A forte influência da social democracia europeia e a aliança com os países árabes, produtores de petróleo.

3. A transposicao das aguas do Rio Sao Francisco e um projeto do Estado brasileiro. Esse tipo de intervencao estatal lembra os imperios teocraticos de Regadio, berco das primeiras civilizacões.
Sobre a presenca do Estado na organizacao das primeiras civilizacoes, e correto afirmar:
a) O chamado Crescente Fértil, localizado no oeste europeu, nao se caracterizou por um Estado atuante na construcao de obras de irrigacao.
b) O Estado mesopotâmico, face a ausencia de rios, atuou no incentivo ao comercio de especiarias e na escravizacao dos povos dominados.
c) O poder do Estado egipcio esta relacionado as grandes construcões estatais, a exemplo das obras hidraulicas no Rio Nilo.
d) A ausencia de um Estado centralizado, na regiao do Rio Tigre e Eufrates, e, ainda hoje, apontada como a causa da miséria naquela regiao.
e) O Estado babilonico teve seu apogeu no periodo de construcao de diques, dessalinizacão e utilizacao das aguas do Mar Vermelho.

4. A cultura na Idade Media europeia elaborou um conjunto de representacoes sobre o trabalho manual, definindo o que se pode chamar de Etica Negativa do Trabalho.
Nesse contexto historico, o trabalho manual era considerado
a) atividade exclusiva de sujeitos inferiores.
b) sinal de superioridade em relacao a guerra.
c) fonte de dignidade para o ser humano.
d) condicao para o enriquecimento pessoal.
e) prova da inferioridade do trabalho intelectual.

5. A divisao sexual do trabalho ocorre desde as mais remotas organizacoes sociais. No entanto, no seculo XX, acirra-se a disputa entre os generos pelos mesmos postos de trabalho.
Sobre essa mudanca na relacao entre os generos e a nova fase do movimento feminista a partir do seculo passado, identifique as afirmativas corretas:
I. O contexto historico das duas grandes guerras foi fundamental na tomada de consciencia das mulheres acerca do seu papel como agentes economicos.
II. O trabalho feminino, nos momentos posguerras, era supervalorizado e o movimento feminista entrava em declinio.
III. O movimento feminista, pos-Segunda Guerra, incorporou as suas bandeiras de luta o questionamento cultural da desigualdade entre os generos.
IV. A fragilidade feminina, pautada na fatalidade biologica, foi o unico postulado nunca questionado pelo movimento feminista.
V. O movimento feminista estendeu a luta pela igualdade de tratamento entre os generos do campo politico para o campo economico e social.

6. No início do século XIX, Saint-Simon, Robert Owen e outros propuseram reformas, para atenuar os males causados pelo fortalecimento da ordem burguesa sobre os operários e para distribuir melhor a riqueza. 
Como esperassem medidas humanitárias dos governos burgueses, Karl Marx chamou-os de:
a) social-democratas
b) socialistas utópicos
c) sindicalistas radicais
d) comunistas ortodoxos
e) anarquistas românticos.

7. 
"O amor vem por princípio, a ordem por base;
O progresso é que deve vir por fim.
Desprezaste esta lei de Augusto Comte
E foste ser feliz longe de mim."  
(Noel Rosa / Orestes Barbosa)

Estes versos referem-se a uma das novas idéias espalhadas pelas classes urbanas da sociedade brasileira, no final do século XIX. Assinale a alternativa que diz respeito à filosofia mencionada nos versos:
a) Positivismo
b) Socialismo
c) Existencialismo
d) Marxismo
e) Liberalismo

8. O atentado às torres gêmeas no 11 de Setembro de 2001 entrou no imaginário popular como um marco histórico extremamente negativo. Sabemos, porém, que este mesmo acontecimento pode ser visto, não como um evento de ruptura, e sim, como um evento de continuidade/desdobramento em relação:
a) Aos conflitos gerados pela guerra fria, onde o bloco capitalista liderado pelos EUA disputava com a União Soviética o controle econômico e a influência política sobre o resto do mundo.
b) Aos conflitos entre cristãos e muçulmanos, que se digladiaram por mais de duzentos anos nas cruzadas.
c) Às independências dos países da américa latina, quando seus libertadores desafiaram o domínio das metrópoles coloniais e estabeleceram as respectivas autonomias
d) À luta dos burgueses para superar as monarquias absolutistas e a consequente conquista de participação política e liberdades econômicas.
e)  Á sucessão de conflitos surgidos no mundo árabe em 2011, onde se propunha o fim de ditaduras estabelecidas à décadas.

9. Acerca dos conflitos conhecidos como “Primavera Árabe”, é correto afirmar que fazem correspondência com:
a) O movimento do Iluminismo, onde novas ideias partindo das liberdades individuais floresceram na população gerando conflitos contra governos ditatoriais.
b) As revoltas surgidas no mundo pós-industrial, quando o proletariado explorado se organizou em sindicatos.
c) Às rebeliões regenciais brasileiras, como a cabanagem e a balaiada, onde se criticava a ausência do monarca e a ausência estatal.
d) Às rebeliões da república velha como o cangaço e canudos, onde o pobre sertanejo marginalizado se insurgia com o propósito da sobrevivência.
e) Às revoltas contra o catolicismo medieval, que era apontado como corrompido no século XVI, e que gerou movimentos do porte da Reforma Protestante.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Leitura Complementar

Revolução Industrial

Antecedentes:

- Trabalho Manufaturado/ artesanal
- O trabalhador era consciente de todo o processo produtivo
- A produção era personalista, pessoal e mais dispendiosa

Primeira Fase da Revolução (1760-1860)

- Acontece na Inglaterra
- Desenvolvimento da máquina de Tear

- Máquina à vapor

Segunda Fase da Revolução (1860 - 1910)

- Expansão para países como EUA, Bélgica, França, etc.
- Desenvolvimento nas comunicações: Telégrafo e Telefone
- Na Indústria: O Processo de Bressemer e Motor de Combustão Interna
- Métodos de produção industrial como Fordismo e Taylorismo


Terceira Fase da Revolução (1910 até os dias atuais)

- Biomecânica, nanotecnologia, química-fina, indústria farmacêutica, comunicações e transporte
nanotecnologia: 

Consequências

Poluição e desequilíbrio ambiental;  Abismo entre Ricos e Pobres;  Alienação do Trabalhador;  Exploração da mão-de-obra de Mulheres e crianças; Substituição do Homem pela máquina; Mais-valia.
mais valia:
Resistência do Trabalhador


 - Movimento Ludita; - Doutrinas Socialistas: - Anarco-sindicalismo; - Movimento Cartista
movimento ludita:








quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Leitura Complementar:


FEUDALISMO

Sociedade dividida em classes:
- Senhores (suseranos e vassalos)
- Clero (secular e regular)
- Servos (da gleba e vilões)

Impostos pagos pelos servos:
- Corvéia;
- Talha;
- Banalidades;
- Tostão de Pedro;
- Capitação;
- Mão-morta

Estrutura do Feudo:
- manso senhorial;
- manso servil;
- manso comunal.


Economia:
- De subsistência (rotação trienal de culturas)
- Pouca circulação de bens
- comércio atrofiado
- diferentes pesos, medidas e moedas
- Problema de produtividade: Baixa população por causa da peste negra.

Cultura e Educação
- Alfabetização para o clero (destaque para os monges copistas e suas iluminuras)
- Produção literária vinculada ao teocentrismo
- Arquitetura:
         * Românica

         * Gótica

As Cruzadas:
Conflito entre cristãos ocidentais e muçulmanos. Entre seus fatores destaca-se:
- Aumento populacional do mundo feudal;
- Falta de Terras;
- Direito de Primogenitura
Consequências:
- Rivalidades entre cristandade e o islã;
- 200 anos de brutalidades;
- Contato entre a cultura ocidental e oriental;
- conhecimento das especiarias.


Decadência do Feudalismo:
- Aumento populacional
- Renascimento Comercial;
- Renascimento Urbano;
- Movimento comunal;
- Centralizações monárquicas

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Leitura Complementar:

MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA
(A Escravidão na Antiguidade)



A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos.

Na civilização grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.

No Império Romano o aumento de riqueza realizava-se mediante a conquista de novos territórios, capazes de fornecer escravos em maior número e mais impostos ao fisco. Contudo arruinavam os pequenos proprietários livres que, mobilizados pelo serviço militar obrigatório, eram obrigados a abandonar as suas terras, das quais acabavam por ser expulsos por dívidas, indo elas engrossar as grandes propriedades cultivadas por mão-de-obra escrava.

As novas conquistas e os novos escravos que elas propiciavam começaram a ser insuficientes para manter de pé o pesado corpo da administração romana. os conflitos no seio das classes de homens livres começam a abalar as estruturas da sociedade romana, com as lutas entre os patrícios e a plebe, entre latifundiários e comerciantes, entre colectores de impostos e agricultores arruinados, aliados aos proletarii das cidades. Ao mesmo tempo começa a manifestar-se o movimento de revolta dos escravos contra os seus senhores e contra o sistema esclavagista, movimento que atingiu o ponto mais alto com a revolta de Espártaco (73-71 a.C.). Desde o século II a necessidade de ter receitas leva Roma a organizar grandes explorações de terra e a encorajar a concentração das propriedades agrícolas, desenvolvendo o tipo de exploração esclavagista.

Generaliza-se o pagamento em espécie aos funcionários com Diocleciano, utilizando o Estado directamente os produtos da terra, sem os deixar passar pelo mercado, cuja importância diminui, justificando a tendência dos grandes proprietários para se constituírem em economias fechadas, de dimensões cada vez maiores, colocando-se os pequenos proprietários sob a asa dos grandes. Em troca da fidelidade e da entrega dos seus bens, os camponeses mais pobres passavam a fazer parte da família dos grandes donos que se obrigavam a protegê-los e a sustentá-los. deste modo, de camponeses livres transformavam-se em servos, começando a delinear-se assim os domínios senhoriais característicos da Idade Média.

1.1 ESCRAVIDÃO NA GRÉCIA


Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava.

Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas).

Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.

A mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande filósofo grego Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho”. Logo, os cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas. Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil, por exemplo, eram executados por escravos.

A mão-de-obra escrava também era muito utilizada no meio doméstico. Eles faziam os serviços de limpeza, preparavam a alimentação e até cuidavam dos filhos de seu proprietário. Estes escravos que atuavam dentro do lar possuíam uma condição de vida muito melhor que os outros.

1.2 ESCRAVIDÃO EM ROMA

A escravidão na Roma Antiga implicava absoluta redução, convertidos em simples propriedades dos seus donos.Com o passar do tempo, os direitos dos escravos aumentaram. Contudo, mesmo depois da manumissão, um escravo liberto não possuía muitos dos direitos e privilégios dos cidadãos romanos.

Estima-se que mais de 30% da população da Roma Antiga eram escravos.

As revoltas de escravos era muito comum mais eles deviam ter muito respeito pois eles poderiam ter conseqüências graves.

Normalmente, as pessoas reduzidas à escravidão ou mantidas nesta condição provinham de povos conquistados, o que se manifestava com freqüência numa cor de pele ou língua diferente.

Os romanos consideravam a escravidão como infame, e um soldado romano preferia suicidar-se antes de cair escravo de um povo bárbaro, ou seja, não romano.

Um escravo era um bem que era possuído, despojado de tudo direito; o amo possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do amo sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa. A sua condição real era, porém variável, segundo a proximidade do amo: os escravos agrícolas dos villae ou das minas eram muito mal-tratados; os escravos doméstico que viviam com a família eram mais favorecidos e muito com freqüência liberados após um certo período.

O status social de um homem era medido em função do número de escravos que possuía. O preço do escravo variou muito segundo as épocas e os lugares, mas situava-se, de média, por volta de 2.000 sestércios o seu sustento aproximava-se aos 300 sestércios por ano. Toda criança nascida de mulher escrava tornava-se também escravo.

Os escravos trabalhavam todos os dias salvo durante as festividades das saturnais de dezembro e os compitalia de janeiro.